segunda-feira, 12 de abril de 2021


                                                          Vídeo feito por Cactus TV

terça-feira, 30 de março de 2021

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Origem e as vantagens dos Opuntia ficus Indica - “Figos da Índia”

 




As espécies de Opuntia ficus Indica (OFI) são hoje parte do ambiente natural e dos sistemas agrícolas de muitas regiões do Mundo. Em muitos países a OFI serve para várias finalidades, sendo difícil encontrar uma planta tão distribuída e explorada, sobretudo em zonas áridas e semiáridas com uma economia de subsistência, que pela falta de recursos naturais e produtivos, forçam os agricultores a dar atenção a estas espécies. As OFI´s são uma fonte inesgotável de produtos e funções, inicialmente como uma planta selvagem e posteriormente como uma planta cultivada, quer para uma agricultura de subsistência, quer para uma agricultura orientada para o mercado (Barbera e Inglese, 1993, cit in, Martins S., 2011).

A OFI é designada de “Figueira-da-índia” sendo um cato arbustivo é originária do México, planta tropical distribuída pela América Central, América do Sul, Austrália, África do Sul, entre outros países mediterrâneos. Em Portugal, encontra-se distribuída pela Estremadura, Beira Alta, Alto Alentejo, Baixo Alentejo, Algarve, Beira Baixa, Beira Litoral, Trás-os-Montes e alto Douro (Berthet, 1990, cit in, Martins S., 2011). A utilização de OFI no nosso país ainda é muito reduzida, verificando-se em algumas zonas, o uso destas plantas para a delimitação de terrenos privados ou agrícolas, como forragem para os animais e uma pequena parte, para o consumo humano (frutos). Embora, em Portugal, o seu mercado ainda seja reduzido, já se pode observar em algumas superfícies comerciais (Jumbo, Continente, Pingo Doce, Intermarché) a venda deste fruto importado de outros países a preços não muito convidativos para o consumidor.

 Assim, é pertinente referir que a OFI é também utilizada na medicina tradicional, desde há muitos anos, devido às suas propriedades benéficas popularmente conhecidas (antiulcerogénica, anti-inflamatória, cicatrizante, hipoglicemiante, hipolipedémica, no tratamento infeções respiratórias, atividades antioxidante, aterosclerose, na diabetes melittus, entre outas. Esta planta é potencialmente interessante na prevenção e cura de doenças devido a ser muito rica nutricionalmente também é utilizada na alimentação (Alves J.,2011).

Na gastronomia, o Figo-da-Índia pode ser consumido em fresco ou transformado em polpa, mas também em sumos, néctares, gelados, doces, compotas ou licores. Noutros países as palmas da planta (cladódios) são consumidas como legume fresco, grelhadas ou tipo feijão-verde ou em pickles e conservas. No que respeita ao seu uso na cozinha nacional, a criatividade dos novos chefes de cozinha poderá ser um importante ponto de partida para se introduzir este produto nos hábitos alimentares dos portugueses.

 Ainda pouco conhecido em Portugal, o Figo-da-Índia começa a ser cada vez mais divulgado e, no último ano, começou já a despertar alguma curiosidade e interesse sobre este fruto, não só nos consumidores mas também em novos produtores, precisamente por ser um fruto pouco conhecido, o seu consumo ainda não está muito difundido, o que sem dúvida limitará uma comercialização mais plena. Quando os portugueses tomarem mais contacto com o fruto e com os seus benefícios para a saúde, certamente a sua comercialização será naturalmente implementada como acontece com os restantes frutos nacionais.


Referências bibliográficas:


Alves N., (2005/2006). Investigação por inquérito. Departamento de Matemática Licenciatura em matemática aplicada. Universidade dos Açores. http://www.amendes.uac.pt/monograf/tra06investgInq.pdf ,visitado a 17/02/2014.

Martins S., (2011). Avaliação do potencial biológico da Opuntia Ficus Indica (Figueira da Índia). Universidade Fernando pessoa, Faculdade de Ciência da Saúde – Porto.

Macedo S., (2007). Perceção da qualidade de hortícolas numa amostra de estudantes universitários. Departamento de Química. Universidade de Aveiro. http://ria.ua.pt/bitstream/10773/2976/1/2008000412.pdf, visitado a 3 de fevereiro,2014.


                                                           Vídeo feito por Cactus TV